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Seis hormônios que podem dificultar o emagrecimento

São horas na academia, em treinos intensos e suor excessivo. No cardápio, só alimentos saudáveis e nas quantidades certas.
O que parece estar totalmente fora do comum é a balança, que insiste em eliminar apenas alguns gramas depois de semanas nessa maratona.
Se este é o seu caso, o momento agora é de ir a fundo e verificar se o problema não está dentro de você, mais especificamente com os seus hormônios.

Os hormônios funcionam como mensageiros no nosso corpo, orientando a célula sobre o que fazer e o que produzir.
Eles atuam como chaves para ligar e desligar o processo metabólico.
Sem chaves não há a ligação, por outro lado, se tiver em excesso, o corpo pode diminuir o número de fechaduras (receptores das células) para tentar manter a harmonia metabólica. Logo, a falta e o excesso de hormônios são prejudiciais.

E nessa gangorra que existe dentro do nosso organismo, o ideal é que os níveis de hormônios estejam em equilíbrio. Caso o contrário, emagrecer pode se tornar uma batalha ainda mais árdua do que o normal. Os hormônios também são responsáveis pela velocidade do metabolismo, ou seja, pela quantidade de calorias que gastamos durante o dia.

Para acabar com todas as dúvidas, listamos os seis principais hormônios que podem dificultar o processo de emagrecimento:

TESTOSTERONA
O que é?
Principal hormônio sexual masculino. É responsável pelo desenvolvimento de algumas características nos homens, como voz grossa, pelos, formação de espermatozóides e também desenvolvimento da massa muscular, a famosa massa magra.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?
Níveis baixos de testosterona podem levar ao ganho de peso.
Além disso, a falta do hormônio também leva à diminuição da libido, alteração de voz e perda de pelos no corpo.

 

Para equilibrar
Segundo os profissionais, é preciso analisar cada caso. No entanto, geralmente o cardápio pode ser um ótimo aliado. Basta seguir com a alimentação pobre em gorduras trans, rica em zinco (ostras, frutos do mar), azeite de oliva extravirgem (acidez menor que 0,3%) e dietas com baixa carga glicêmica.

 

Atividades físicas resistidas, como musculação (visando ganho de força e hipertrofia) ajudam na liberação de testosterona e controlam a sua utilização. Nos exercícios cardiovasculares, o ideal é o HIIT, ou treinamento intervalado de alta intensidade, nas suas variantes, que também estimulam o corpo a manter níveis adequados de testosterona.
Agora, caso haja deficiência a níveis exacerbados, a reposição por meio de medicamentos deve ser analisada por um profissional.

 

ESTRÓGENO
O que é?
É o principal hormônio sexual feminino, porém também está presente em níveis baixos nos homens. Ele surge após a ação das chamadas “aromatases”, que são enzimas presentes no corpo que convertem a testosterona em estrógeno, que em valores adequados, é importante para o homem na manutenção da libido e da composição corporal.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?

Níveis altos de estrógeno levam à diminuição de massa muscular e ganho de massa gordurosa.
Quanto mais gordura no corpo, maior será a produção e ação das aromatases e, consequentemente, mais estrógeno será formado no organismo.

 

Para equilibrar
Manter atividades físicas regulares é o primeiro passo.
Já no cardápio, o ideal é rechear o prato com alimentos orgânicos, fibras (grãos, verduras e frutas), que eliminam o estrógeno encontrado na bile, cogumelos, chá-verde, romã, couve-flor, couve-de-bruxelas e outros.
E evite o consumo de alimentos de soja não fermentados, como tofu e leite. Isso porque esses alimentos contém alguns compostos chamados isoflavonas, que apresentam o mesmo efeito do estrógeno no corpo humano.

 

LEPTINA
O que é?
É um hormônio que age no Sistema Nervoso Central, controlando o apetite e saciedade, ou seja, indica se você está satisfeito ou não.
Ele desempenha um papel-chave na regulação, ingestão e no gasto energético.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?
Aqui, tanto os níveis exagerados, quanto os reduzidos podem dificultar o emagrecimento, a partir do momento em que o organismo tenha uma resistência a atuação da leptina.
 
Para equilibrar
Uma boa noite de sono ajuda a aumentar os níveis de leptina, assim como evitar o consumo de alimentos processados (biscoitos, refrigerantes etc), carboidratos simples (açúcar, batata e farinha branca). Na contramão, pode comer sem culpa alimentos recheados de proteínas, como carnes e ovos, por exemplo, investir em peixes, que são ricos em ômega-3, ácidos graxos que aumentam o nível de leptina e também vegetais folhosos, frutas e outras verduras.

 

TIREOIDE
O que é?
Uma glândula que produz dois hormônios, o T3 e o T4, responsáveis pelo metabolismo do organismo humano.
Agem na regulação da temperatura corporal, frequência cardíaca, metabolismo do colesterol e da glicose e também no desenvolvimento intelectual.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?
Para quem quer emagrecer, o problema está nos níveis baixos de hormônios tireoidianos, chamado de hipotireoidismo, que levam a um metabolismo lento, resultando em inchaço, dificuldade de perder peso, sonolência excessiva, queda de cabelo, unhas fracas e déficit de memória.
 
Para equilibrar
Para começar, invista na dieta com boas quantidades de iodo (frutos do mar, vegetais mais escuros), em selênio (castanha-do-pará, frango, ovo, carne vermelha magra etc).
Algumas alergias alimentares e a intolerância ao glúten têm sido relacionadas a uma inflamação da glândula conhecida como Tireoidite de Hashimoto. A doença de Hashimoto se apresenta em um primeiro momento com o excesso de hormônio tireoidiano, depois evolui com a falta.
Na maioria dos casos, é indicada a reposição hormonal.

 

GH
O que é?
O hormônio do crescimento. Como o próprio nome diz, ele é o responsável pelo estirão de crescimento da adolescência.
Mas, também, tem funções nobres na vida adulta: é importantíssimo para a manutenção da massa magra e para a queima de gordura.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?
A partir dos 30 anos, a quantidade de GH produzida pelo organismo começa a reduzir em uma proporção de 10% a 14% a cada dez anos.
Maus hábitos podem acelerar esse processo. Uma dieta inadequada, tabagismo, sedentarismo e sono de má qualidade também fazem com que os níveis do hormônio do crescimento caiam.

 

Para equilibrar
A dica é realizar refeições no período da noite de baixo índice glicêmico e rico em proteínas e vitamina B3 (frango, atum, cogumelos, brócolis, aspargos, amendoim, etc). Além disso, realizar atividades físicas intensas, como musculação e aeróbicos.

Como o GH é produzido no período noturno, uma boa noite de sono também garante produção adequada desse hormônio.

Mas caso seja comprovada a sua deficiência, a reposição desse hormônio poderá ser feita. Lembrando que o uso abusivo do GH pode levar a um quadro de crescimento de mãos, pés, órgãos internos e até ao câncer de intestino e tireoide.

 

CORTISOL
O que é?
Serve para ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial.

 

Atrapalha se estiver baixo ou alto?
Níveis altos de cortisol levam a um aumento da formação de gordura abdominal e diminuição da massa muscular, resultando no aumento de quilos na balança.

 

Para equilibrar
Em primeiro lugar, diminuir tudo o que possa estar causando estresse.

 

Depois, olhar mais profundamente para a sua dieta, apostando em alimentos como frango, ovos, arroz integral, brócolis, oleaginosas, damasco, leite, gérmen de trigo entre outros, que são capazes de reduzir os valores exacerbados de cortisol.

 


 

No nosso organismo é ideal que os níveis de hormônios estejam em equilíbrio. Caso o contrário, emagrecer pode se tornar uma batalha ainda mais árdua do que o normal, pois os hormônios também são responsáveis pela velocidade do metabolismo, ou seja, pela quantidade de calorias que gastamos durante o dia. Se estiverem desregulados, perder peso e até construir mais músculos, pode ser uma tarefa quase impossível.

 

Centro de Nutrição Médica Fernandes – (19) 3392 3585 

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